O papel do direito e dos tribunais na violência contra as mulheres, de Madalena Duarte. Porto: Edições Afrontamento, 2023, 244 pp.

Autores

  • Gabriel Chagas University of Miami, Department of Modern Languages and Literatures, Coral Gables, USA Autor
  • Cristiane Soares Harvard University, Department of Romance Languages and Literatures, Cambridge, USA Autor
  • Gláucia V. Silva University of Massachusetts Dartmouth, Department of Portuguese, N. Dartmouth, USA Autor

DOI:

https://doi.org/10.22355/

Palavras-chave:

gênero neutro, linguagem neutra, linguagem não binária, decolonialidade

Resumo

O uso da marcação de gênero não binário tem causado reações conservadoras de vários setores da sociedade brasileira. Ao usar “outres” em seu discurso de posse na Academia Brasileira de Letras, Heloísa Teixeira trouxe à luz a relevância do debate sobre a linguagem não binária em português. Neste trabalho, analisamos comentários postados no vídeo do seu discurso de posse. Examinamos a reincidência de uma retórica patologizante e/ou moralizante como forma de deslegitimar a linguagem não binária e quem a usa. A partir de uma abordagem decolonial, mostramos que as reações contra a linguagem não binária são reverberações da colonialidade do poder e do conhecimento que reproduzem uma narrativa de “degeneração” em nome de uma falaciosa pureza linguística.

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Publicado

2025-09-25

Edição

Secção

Dossier "Gender and Language: Perspectives and Challenges"

Como Citar

O papel do direito e dos tribunais na violência contra as mulheres, de Madalena Duarte. Porto: Edições Afrontamento, 2023, 244 pp. (2025). Ex æquo, 49. https://doi.org/10.22355/

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