Por um feminismo queer: Beatriz Preciado e a pornografia como pre-textos
Resumo
Pour un féminisme queer: Beatriz Preciado et la pornographie comme pré-textes Avec lurgence des féminismes dissidents, le sujet politique du féminisme hégémonique se plaçait sous suspecte. Si, pour le féminisme hégémonique, la catégorie de femme avait une certaine stabilité, en incorporant et sous-entendant un sujet politique biologiquement féminin, occidental, de classe moyen, blanc et hétérosexuel (passant sous silences des subjectivités autres), des critiques produites par des féminismes dissidentes décentrent et déterritorialisent profondément cette catégorie universel. Telles déterritorialisations (soient elles discursives, géographiques ou biopolitiques/dans le propre corps) nait, entre outres, des discours critiques du postmodernisme, des post-féminismes, des féminismes noires, des discours postcoloniales et des théoriques/théoriciennes gays ou lesbiennes, des travailleurs sexuelles ou des actrices porno, de tous ceux qui illuminent avec des catégories comme race, ethnie, orientation sexuel, hétéronormativité – la complexité et multiplicité des oppressions. Ayant comme prétexte les théories de la Sexualité de Beatriz Preciado (2002) publiées dans le Manifiesto contra-sexual et recourant à des disputes sur la pornographie au coeur des mouvements féministes, ce texte veut saffirmer comme un pré-texte de dispute réflexive réclamée aux féminismes, par les défis lancés par les positions queer. Mots-clés technologies (hétéro)sexuelles, féminismes, théories queer, contre-sexualité, (post)pornographie. Pornografia: de objecto de censura a espaço de emancipação Na década de 1980, nos Estados Unidos, a pornografia1 era campo de aceso debate entre feministas, tendo as discussões ficado cunhadas como «guerras feministas do sexo» (Preciado, 2007). Catharine Mackinnon e Andrea Dworkin, figuras proeminentes do chamado feminismo «anti-sexo» ou «pró-censura», vêem a pornografia como modelo explicativo e multiplicador da opressão política e sexual das mulheres. Para estas feministas, e para o movimento do qual eram porta-vozes, a pornografia era uma forma de promoção da violência e da dominação política e sexual sobre as mulheres. Tal violência derivaria da objectificação das mulheres e da sua redução, de acordo com Lynne Segal (1992: 2), à passividade e à condição «de corpos – ou pedaços de corpos – eternamente disponíveis para servir os homens»Downloads
Publicado
2009-12-01
Edição
Secção
Dossier: Fazer o Género - performatividades e abordagens queer
Como Citar
Por um feminismo queer: Beatriz Preciado e a pornografia como pre-textos. (2009). Ex æquo, 20(20). https://exaequo-ojs.apem-estudos.org/exaequo/article/view/767









