Sobre a necessidade e urgência de continuar a queerizar e trans-formar o feminismo: Notas para o debate a partir do contexto espanhol
DOI:
https://doi.org/10.22355/exaequo.2014.29.04Palavras-chave:
Identidades coletivas, feminismos, crítica queer, heteronormatividade, políticas públicasResumo
Sobre a necessidade e urgência de continuar a queerizar e trans-formar o feminismo. Notas para o debate a partir do contexto espanhol
Neste artigo analiso a emergência das teorias e práticas políticas feministas queer nos finais dos anos 1980, bem como a sua receção nula ou crítica no contexto espanhol por parte de um setor importante do feminismo igualitarista, sobretudo a nível académico e institucional. Este feminismo está ancorado num conceito culturalista de género que falha em questionar a diferença sexual e a heteronormatividade, sem reconhecer, ainda hoje, a existência de outros sujeitos com agência e voz próprias. Esta realidade comporta uma série de implicações ético-políticas importantes, como o cancelamento dos debates em torno de questões como o trabalho sexual ou a violência em casais do mesmo sexo, entre outras, e respetivas consequências para as políticas públicas de ‘género’.









